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Mostrando postagens de junho, 2023

Canto Gregoriano: A música litúrgica perfeita

Alguém poderia pensar que não há muito o que dizer sobre algo que se chama “cantochão”. Afinal de contas, a palavra mesma já indica que se trata de algo plano e que é um canto. Na verdade, o único sentido em que se pode dizer que o canto gregoriano é “plano” é que suas belas melodias foram compostas para cantar-se sem acompanhamento e harmonização, como convém à antiga cultura monástica da qual elas nasceram. Isto a que chamamos canto gregoriano é uma das formas de arte mais ricas e sutis na música ocidental — na música de qualquer cultura, melhor dizendo. A tradição de cantar a Escritura, uma prática conhecida como cantilena, começou pelo menos mil anos antes do nascimento de Cristo. Vários livros do Antigo Testamento, especialmente os Salmos e as Crônicas, atestam a função central que desempenhava a música no culto do Templo. Algumas melodias gregorianas ainda em uso são notavelmente próximas das melodias cantadas nas sinagogas hebraicas, como o tonus peregrinus usado para o Salmo 1

A graça e as virtudes

A graça é a fonte da obra de santificação; cura e eleva a natureza fazendo-nos capazes de agir como filhos de Deus. 1. A graça Deus chamou o homem a participar da vida da Santíssima Trindade. “Esta vocação para a vida eterna é  sobrenatural ” ( Catecismo , 1998) [1] . Para nos conduzir a este fim último sobrenatural, concede-nos já nesta terra um início dessa participação que será plena no céu. Este dom é a graça santificante, que consiste em uma “incoação da glória”. Por tanto, a  graça santificante : — “é o dom gratuito que Deus nos concede de sua vida, infundida pelo Espírito Santo em nossa alma, para curá-la do pecado e santificá-la” ( Catecismo , 1999); — “é uma  participação na vida divina ” ( Catecismo , 1997; cfr. 2  Pe  1, 4), que nos diviniza (cfr.  Catecismo , 1999); — é, portanto, uma  nova vida , sobrenatural; como um novo nascimento pelo que somos constituídos em filhos de Deus por adoção, partícipes da filiação natural do Filho: “filhos no Filho”; — introduz-