Façamos
bem a preparação próxima, sempre o ato de fé; diz Sta. Teresa que
não devemos imaginar Deus longe de nós, mas bem dentro de nosso coração.
Costumava dizer um mestre espiritual que algumas almas por ele
dirigidas caminhavam muito bem, porque faziam na oração o ato de fé.
Façamos bem o
corpo da oração, meditando, como fazem as abelhas sobre as flores.
A conclusão seja
feita sempre com toda a atenção possível. Se não se faz bem a preparação no
início da oração, isso pode ser remediado; mas na conclusão... não façamos
muitos propósitos, façamos um, e particularizado; comecemos a combater um
vício, e por isso na oração lembrem-se daquilo que diz S. Fran- cisco de Sales sobre o ramalhete de
flores. A pessoa entra no jardim e faz um ramalhete de flores, e durante o dia
fica apreciando seu perfume.
Aridez
na oração
Existem algumas almas que gostariam de sempre ser consoladas na oração. Se acontece terem um pouco de aridez, logo querem etc.. Tudo isso é trapaça do demônio, que assim procura arruiná-las irremediavelmente. Sabemos que muitas almas se mantém na graça de Deus pela oração.
Hoje, porém,
quero falar-lhes das fontes de onde pode nascer essa aridez. São três: o
demônio, Deus, nós mesmos.
Vem do demônio
quando fazemos [oração] perturbados, e quando dela nos erguemos igualmente
perturbados. Que de- vemos fazer então? Rir-nos.
Se vem de nós
porque, por exemplo, nos dissipamos em prosas e conversas, então devemos
afastar etc..
Vem de Deus
quando, ao ir para a oração não temos devoção sensível; a alma está amargurada,
mas gostaria de estar quieta, totalmente unida com Deus; nesse caso temos de
nos consolar.
Se tivéssemos sempre consolações, falando dos caminhos ordinários e da providência normal de Deus, não poderíamos chegar à perfeição. O dia é composto de dia e de noite; se fosse sempre dia ou sempre noite, as criaturas morreriam e se corromperiam. Se alguém come sempre coisas de açúcar, vermes nascem em seu ventre.
Assim que
devemos estar convencidos que nossa vida deve ser entremeada de consolações e
de trabalhos. Como se tece o pano? Um fio perpendicular e o outro atravessado;
assim o tecido de nossa vida. Os
santos, que conheceram seu valor, etc..
Pode alguém
dizer-me: “Padre, que adiante fazer oração, se a faço como se fosse uma estátua
de sal?” Sim, é verdade, mas você não deve etc..
Diga-me: não
ajudam as vestes sacerdotais, episcopais e pontificais? A belas pinturas de
Jesus Cristo, de Maria Santíssima etc., não ajudam os preciosos ornamentos dos
altares etc.; de fato, não ajudam positivamente etc.. Assim também você etc..
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