Vivemos em um tempo em que nos deparamos todos os dias com situações adversas. Cada vez mais aumenta entre os seres humanos um espírito de rivalidade e competição, com o qual as pessoas parecem sempre estar lutando para se sobressair e tirar vantagens em cima das outras. Não raras vezes também encontramos pessoas que se dispõe a criticar essas práticas, assim como as desigualdades que surgem por consequência delas.
Em contra partida podemos levantar um questionamento diante de tantos problemas: o que nós temos feito para transformar esse tipo de realidade, seja dentro da realidade de nossas casas, seja para nossa cidade, Estado, país, mundo? O que realmente acontece é que constantemente nos colocamos a reclamar de várias situações, mas não fazemos nada que possa realmente mudar essas realidades, apoiados sobre a nossa incapacidade de realizar algo que possa realmente mudar o rumo das coisas.
Sobre este aspecto, disse o Papa
Francisco ao escrever o prefácio do Docat, um livro de direcionamentos sobre a
Doutrina Social da Igreja:
“O mundo só mudará quando homens com Jesus se entregarem por ele, com
ele forem para as periferias e para o meio da miséria. Ide também para a
política e lutai pela justiça e pela dignidade humana, sobretudo dos mais
pobres. Todos vós sois a Igreja. Trabalhai para que esta Igreja se transforme,
para que seja viva, porque se deixa interpelar pelos gritos dos desprovidos de
direitos, pelos clamores dos que sofrem todo tipo de necessidade e daqueles pelos
quais ninguém se interessa.
Ponde-vos, portanto, vós mesmos em movimento. Se muitos colaborarem
nesta ação comum, então as coisas irão melhorar neste mundo e os homens poderão
sentir que o Espírito de Deus age através de vós. E talvez então vós sereis
como tochas que tornam mais claro para esta humanidade o caminho para Deus.”
Em outras palavras o que o Papa
nos ensina é que a real transformação do mundo acontece à partir da mudança de
cada um de nós em nossas atitudes cotidianas. Se eu faço o bem dentro da minha
casa, os meus familiares consequentemente irão fazê-lo, e também os amigos, e
deles suas famílias, e assim por diante em uma corrente de bem.
Por outro lado se permanecemos no
nosso egoísmo e comodismo, o que realmente poderemos transformar? Apenas
seremos infelizes, continuando a reclamar de tudo e todos que estão ao nosso
redor.
Pedro Henrique Rocha
Discipulado da Com. Encontro
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