Estamos na Semana Santa, e é o momento de
fazermos uma reflexão a esse respeito. Sugiro a cada um de se colocar sozinho
diante do Crucifixo, diante da imagem de Nossa Senhora das Dores, e esquecer as
preocupações diárias por um instante
E
assim, diante de Deus, fazer estas perguntas:
*
* * * *
Eu
tenho consciência do que custou a minha salvação? Tenho ideia das dores que
custaram as graças todas que tenho recebido?
Tenho
ideia de que no alto da Cruz, Nosso Senhor Jesus Cristo
pensou nominalmente em cada pessoa, desde o começo até o fim do mundo?
E que portanto, eu
passei pela mente divina dEle, com pensamento de
misericórdia, de bondade e de salvação?
Ele
viu a minha alma, viu a minha pessoa. Ele amou o meu ser, criado por Ele, e se
imolou num ato de amor, porque quis minha salvação.
Tenho ideia de que a minha salvação custou tudo isso? Tenho
ideia do modo pelo qual eu tenho correspondido a isso? Tenho ideia do que tem
sido a minha ingratidão? Quantas faltas cometidas, muitas vezes por
imprudência, simplesmente porque não quis evitar uma ocasião de pecado, porque
eu não quis fazer uma pequena mortificação!
Pecando,
peguei o Sangue de Cristo e o joguei na sarjeta. Sangue derramado por mim, e
mesmo assim eu me pus em condições de perdição.
E
Deus ainda me tolerou nesta vida, me suportou e me esperou com outras graças
novas, ainda maiores do que aquelas graças que eu tinha recebido.
E
agora estou mais uma vez no momento da Semana Santa, uma ocasião de graças.
O
flanco de Nosso Senhor Jesus Cristo está aberto, jorrando misericórdia para mim
e chamando-me à
contrição, à penitência, à reconciliação magnífica com Ele. Há uma
efusão de bondade e de carinho, como eu jamais poderia imaginar.
Na
Semana Santa, minha primeira preocupação deve ser a de pensar na minha alma.
Pensar
sem temor, sem pânico, porque Deus é o Pai de Misericórdia e Nossa Senhora é a
Mãe e canal de todas as misericórdias. Pensar com seriedade, pensar a fundo.
Colocar-me diante do Sangue de Cristo que corre e avaliar o que fiz desse
sangue.
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