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Baluarte

O que é Baluarte?

Todos nós temos santos que suas vidas nos servem de exemplo, seu testemunho e vivência nos despertam. Buscamos viver suas experiências de oração, o que eles viveram ou pregaram também nos regem na busca da santidade.
A Comunidade Encontro, tem por graça de ter São Bento como seu principal baluarte e a radicalidade beneditina tem sido pontos fortes que desejamos seguir.

São Bento

Nascido na cidade de Núrsia, Itália, São Bento vive entre os anos 480 e 547, durante a Alta Idade Média. Em 529, funda o Mosteiro Monte Cassino, fundamento da Ordem Beneditina. Em 534, começa a redigir a Regra de São Bento, um dos mais importantes e utilizados regulamentos da vida monástica, razão pela qual São Bento é considerado o patriarca do monarquismo ocidental.
A Regra Beneditina prega o serviço a Deus por meio da vida em comunidade, da estabilidade e da harmonia entre a espiritualidade e a ação no mundo material, a favor dos homens, expressa no binômio Ora et Labora. O capitulo 48 determina que os monges dediquem-se à Lectio Divina, que consiste na prática da leitura orante das Sagradas Escrituras e dos Santos Padres. Além de ser instrumento da vida espiritual, levando a uma maior comunhão com Deus e aumentando o conhecimento de sua Palavra, a Lectio Divina instaura nos mosteiros beneditinos uma intensa atividade intelectual.
A obrigatoriedade da leitura e, por sua vez, a escassez de livros disponíveis à época implicam o surgimento dos monges copistas, que não somente reproduzem manuscritos, de forma altamente artística, como também contribuem para o desenvolvimento da escrita. De outro lado, a reprodução e a aquisição de obras promovem consequentemente a organização de bibliotecas, que propiciam a fundação de escolas junto aos mosteiros beneditinos – tradição iniciada já em Monte Cassino, onde Bento recebe crianças e jovens para serem educados.
Como todos esses elementos, os mosteiros beneditinos tornam-se verdadeiros centros culturais na Idade Média, restaurando a valorização do saber e sendo significativamente responsáveis pela preservação e transmissão do imenso legado cultural do mundo greco-romano e de toda a cultura antiga, oriental e ocidental, em uma época em que o patrimônio humanístico se dispersa.
Além de fomentar a leitura, São Bento prega a estabilidade, em um período histórico e que o nomadismo é a regra, e ainda o trabalho manual, realizado no Império Romano somente por escravos, remando na contracorrente dos valores de sua época. Instaura, assim, novos parâmetros, que se espalham gradualmente pela Europa, também com o auxilio da obra Diálogos, escrita pelo papa Gregório Magno em 594, que contem um capitulo sobre a vida de Bento.
Por sua vez, a partir do século VII, a Regra Beneditina passa a reger quase todos os mosteiros do Ocidente. Quase quinhentos anos depois, em 996, o Mosteiro de Pannonhalma, erguido por monges húngaros da Ordem de São Bento, será um deles e, mais de mil anos depois, em 1953, será a vez de a Abadia São Geraldo estender as raízes beneditinas em solo brasileiro.
Sua vida é narrada por São Gregório no livro dos Diálogos. Descreve-o como um homem que recebeu o dom da sabedoria, desde sua mais tenra idade, e que viveu o Espírito de todos os justos. Mas São Gregório insiste sobre um carisma que lhe era peculiar: o discernimento dos espíritos.
Bento, pacificado em seu próprio combate, ao longe de toda a sua vida, anima cada um de seus filhos do mosteiro e ajuda-os a encontrar a paz e a comunhão, depois de ter exorcizado os demônios tentadores. Se o mosteiro se torna um lugar de paz, de concórdia e de trabalho intenso em todos os aspectos, deve-o a este combate espiritual mantido sem trégua por Bento, para livrar seus filhos de tudo aquilo que lhes rouba a disponibilidade para acolher o Espírito de Cristo e o dom da caridade.

Oração a São Bento
“Ó amado Patriarca São Bento, fazei-nos cumprir sempre as regras de amor da Comunidade Encontro, que não existem para oprimir e sim para nos libertar e santificar. Possamos, sem medo, estender os nossos ramos o quanto Deus quiser para abrigarmos os irmãos e irmãs que nos forem mandados. Que, pela tua intercessão junto ao Pai de amor, tenhamos uma profunda intimidade com Ele assim como tu o tinhas e sejamos dóceis ao Espírito Santo, para nos anteciparmos sempre às ciladas e investidas do maligno. Leva-nos a agir como o Pai misericordioso e a acolhermos com amor os que batem à nossa porta. Alcança do Senhor a graça (aqui se coloca a intenção) que fervorosamente te suplicamos e concede-nos a alegria de uma santa morte. Amém.”
São Bento, rogai por nós. Amém.


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