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Mostrando postagens de agosto, 2020

Afinal, o que é uma ideologia?

A palavra "ideologia", tal como é entendida hoje, teve seu conceito elaborado por Karl Marx. De maneira genial (para o mal), ele viu que, se desse a uma ideia ruim uma nova roupagem, ela poderia ser aceita como boa. A palavra "ideologia" carrega em si mesma um caráter negativo. Ela foi utilizada pela primeira vez por Napoleão Bonaparte, para acusar seus opositores. Posteriormente, ainda de maneira pejorativa, Karl Marx se apropriou da palavra definindo-a como "uma roupagem de ideias", ou seja, um modo de transformar aceitável algo que nunca seria tido como tal normalmente. Deste modo, o conceito de "ideologia" como se utiliza hoje é marxista. Segundo ele, existem duas estruturas: a super e a infra. A superestrutura, na qual a ideologia está inserida, serve para justificar os interesses de classe. É cultural, enquanto a infraestrutura é econômica. Existe uma diferença crucial entre "ideologia" e "propaganda". A primeira é compa

ASSUMA A SUA CRUZ DE UMA VEZ POR TODAS

"Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”. De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? ”Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta”. “Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino”. Mt 16, 24-28 Aconselho a cada um realmente se alimentar, ruminar essa palavra, ela entra sempre nova em meu coração, assim como outras, cada trecho entra de forma nova, mas é importante que cada um preste muita atenção numa coisa: a palavra entra de forma nova cada vez que se lê, mas cada vez que você ouviu essa palavra, você tomou rumo na vida? Começou a procurar um jeito de levar a

Você conhece o Óbulo de São Pedro?

Segundo explica o site do Vaticano, o Óbolo de São Pedro é “a ajuda econômica” que os fiéis oferecem ao Santo Padre “como sinal de adesão à solicitude do Sucessor de Pedro relativamente às múltiplas carências da Igreja universal e às obras de caridade em favor dos mais necessitados”. A coleta é realizada em todas as dioceses no “Dia mundial da caridade do Papa”, todo dia 29 de junho ou no domingo mais próximo da Solenidade de São Pedro e São Paulo. A Santa Sé assinala que a origem desta prática data do final do século VIII, depois da conversão dos anglo-saxões, os quais se sentiram “tão ligados ao Bispo de Roma que decidiram enviar, de maneira estável, um contributo anual ao Santo Padre”. Esta coleta foi chamada “Denarius Sancti Petri” (Esmola para São Pedro)e se difundiu pelos demais países europeus. Em 5 de agosto de 1871, o Papa Pio IX a regularizou através da encíclica “Saepe Venerabilis”. Algumas das obras de caridade financiados com o Óbolo de São Pedro são o melhoramento da estr

Seguindo o exemplo de Santo Agostinho

Em sua encíclica Lumen Fidei, o Papa Francisco indicou o caminho para um diálogo com aqueles que, "apesar de não acreditarem, desejam-no fazer e não cessam de procurar" (n. 35). A atitude do Santo Padre nada mais é que de obediência às palavras de Jesus, que pediu a seus discípulos que pregassem "o Evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15), indistintamente. Diante do evidente anseio do homem pelo infinito, o indiferentista age tentando abafá-lo. De fato, ninguém está excluído do amor de Deu s. Ele sempre está de braços abertos, esperando que o homem aceite seu desígnio de amor e redenção. Ele que, como ensina São Paulo, "quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2, 4), revela-Se àqueles que O procuram de coração sincero. Afinal, "que outra recompensa poderia Deus oferecer àqueles que O buscam, senão deixar-Se encontrar a Si mesmo?", questiona o Papa Francisco. Nesta verdade, ao mesmo tempo em que se percebe a von

A música e o seu poder evangelizador

O dom musical, quando colocado a serviço da fé e da evangelização, é uma poderosa rede de pesca. Muitas almas são conquistadas por Deus por meio da música. O Papa Bento XVI nos ensina: “Quem tem o dom do canto pode fazer cantar o coração de tantas pessoas nas celebrações litúrgicas. Pela música recebemos a Palavra “com os sentidos e com o espírito. A ação evangelizadora da Igreja tem a música como um grande auxílio na sua missão. Ela favorece a fé e é um elemento importante na nova evangelização. Santo Agostinho, um dos pais da Igreja, foi influenciado pela escuta dos salmos e hinos das celebrações eucarísticas presidida por Santo Ambrósio, homem de grande sensibilidade musical, no período da sua conversão ao Cristianismo”. No entanto, a música adquire admirável poder evangelizador quando sua mensagem traz trechos da Bíblia e leva as pessoas a meditarem e tomarem decisões de conversão, além de mais facilmente memorizarem passagens e mensagens da Bíblia.  Dessa forma,  toda música t

A Música Litúrgica

Nossas celebrações são acontecimentos simbólicos. Não são, em primeiro lugar, momentos de doutrinação e aprendizado, de debate ou deliberação, de avaliação ou planejamento, nem mesmo de meditação ou oração individuais. Um pouco disso tudo pode até haver, mas o que se busca no momento celebrativo é transcender o cotidiano e ir além do superficial, atingir em profundidade, o mistério de tudo quanto se vê e se toca. Nossas celebrações são Memorial e Mistério. Recordando, em palavras e gestos, os fatos salvíficos do passado, a assembléia celebrante goza da certeza de que o Deus de ontem, o Deus de hoje e de sempre, aí está presente. A música, a mais espiritual de todas as artes, tem tudo a ver com essa experiência. Que coisa, mais que o canto em uníssono, acompanhado dos toques e sons sugestivos de instrumentos e realçado pela força comunicativa da dança, poderá nos fazer experimentar juntos o invisível, o inefável, levando os corações a vibrar juntos por aquelas “razões que a própria razã

A música exerce poder sobre quem a escuta

  É necessário  que as músicas que ouvimos sejam bem escolhidas, pois  precisamos entender que ela exerce poder sobre nós. Isso é de fácil identificação para nós músicos, pois, quando estamos tocando ou cantando, podemos sentir alterações em nossos sentimentos ao executarmos determinados acordes. Um exemplo básico disso: um acorde menor é facilmente relacionado a expressões mais tristes como, na Semana Santa, a canção da Via-Sacra: “Ao morrer crucificado, meu Jesus é condenado”. É uma canção que expressa grande tristeza. Já o tom maior expressa mais alegria, mas claro que não só isso. Um acorde com 7º em certas aplicações revela algo indeterminado, esperando uma resolução que seria a tônica maior da harmonia. O poder da música A música tem poder de criar “tribos” e de fazer com que mudemos o estilo de cabelo ou que usemos roupas nada convencionais; ela até mesmo pode estimular o uso de drogas. Por outro lado, também tem o poder de incentivar e aumentar a fé. Entre nós músicos católicos

Que tipo de música você anda escutando?

Se teu ouvido te leva à queda, “arranca-o e joga para longe de ti! É melhor perderes um de teus membros do que todo o corpo ser lançado ao inferno.” Este não é um texto para ensinar a ninguém que tipo de música escutar. Embora a música seja uma arte — e a nossa geração realmente precise aprender a apreciar uma boa música —, as pretensões desta breve matéria são bem mais modestas. A intenção é alertar pais e educadores, jovens e adultos, homens e mulheres, para um problema bem específico, mas muito difundido e, por isso, difícil de combater. Trata-se de músicas com letras promovendo e exaltando o pecado mortal. Elas estão praticamente em todo lugar: são as canções mais tocadas nas estações de rádio, no YouTube e nos serviços de streaming da internet; são trilha sonora de novelas e programas de TV em geral; são ouvidas no mais alto volume dentro de automóveis e também com fones de ouvido; são escolhidas para festas de aniversário, de formatura e de casamento (estavam nas latas de Coca-Co

Dúvidas sobre a Confissão

Ninguém vai para o céu obrigado. Só vai quem quer, e demonstra que quer, esforçando-se por merecer, por mais indigno que seja. 1. Se Deus sabe tudo e sobre tudo, por que Ele quer que confessemos? Porque Deus quer de nós um ato de vontade que demonstre que estamos realmente convencidos do nosso erro e arrependidos. Quando se comete uma ofensa contra alguém (contra Deus inclusive), é preciso três coisas essenciais para obter o perdão, sem as quais o mesmo não é possível: Reconhecer o erro; Arrepender-se do erro; Pedir perdão por ter cometido o erro. Ou seja: O fato de Deus saber que nós erramos não quer dizer necessariamente que nós reconheçamos isto, nem se quer dizer que nos arrependemos. Agora, se estamos realmente arrependidos, e amamos a Deus, é necessário pedir desculpas a Ele, para que Ele possa nos perdoar. E, é claro, se nós reconhecemos o nosso erro, estamos arrependidos, pedimos desculpas e fomos perdoados, devemos também desejar nunca mais cometer este ato que ofendeu a Deus.